11 de dez. de 2007

Correntes




Muito obrigado pelas 12.154.123 correntes enviadas até agora neste ano.
Graças a elas tomei algumas atitudes que mudaram minha vida:

-Já não saco dinheiro em caixa eletrônico porque vão me colar um adesivo amarelo e quando eu dobrar a esquina vão me roubar.

- Já não tomo coca cola depois que me avisaram que um cara caiu no tanque da fábrica e ficou totalmente corroído.

-Não vou ao cinema com medo de sentar numa agulha contaminada com o vírus da aids.

-Tô com uma inhaca de gambá porque desodorante causa câncer.

-Não estaciono o carro em shopping center com medo de cheirar um perfume ser seqüestrado e violentado.

-Não atendo celular com medo que alguém peça para digitar 5533216450123=t4rh2 e eu tenha que pagar uma fortuna de ligações para o irã

-Não como mais big mac, pois é tudo feito com carne de minhoca com anabolizante.

-Não como mais carne de frango, pois os frangos foram alterados geneticamente e têm seis asas e oito coxas.

-Não como mais ninguém porque tenho medo de acordar na banheira cheia de gelo e sem meus rins.

-Refrigerante em lata, nem pensar! Tenho medo de morrer de mijada de rato.

-Não tenho mais nenhum tostão, pois doei tudo para a campanha em prol da operação da nildinha, que é uma menina que precisa fazer uma operação urgente, pois só tem mais dois meses de vida - desde 1993.

-Este mês devo receber o meu celular ericson, por ter repassado e-mails para 2.366 amigos, e no mês que vem recebo os u$ 1.000 da aol, além dos prêmios da nestlé....

Então, cambada de antas, passadores de correntes, se vocês não enviarem esta mensagem para cento e quinze mil amigos, em exatos cinco minutos, urubus vão cagar nas cabeças de vocês, e viverão fedidos pro resto da vida...

Pense nisso



Dois amigos estavam fumando maconha e foram pegos pela polícia. No dia do julgamento o juiz, que estava de bom-humor, disse:

- Vocês parecem ser boas pessoas, por isso lhes darei uma segunda chance! Ao invés de irem pra cadeia, vocês terão que mostrar para as pessoas os terríveis males das drogas e convencê-las a largá-las! Compareçam ao tribunal daqui uma semana, pois eu quero saber quantas pessoas vocês convenceram!

Na semana seguinte os dois voltaram e o juiz perguntou para o primeiro homem:

- Como foi sua semana, rapaz?

- Bem, meritíssimo, eu convenci 17 pessoas a pararem de consumir drogas para sempre!

- 17 pessoas? - disse o juiz, satisfeito - Que maravilha. O que você disse para elas?

- Eu usei um diagrama, meritíssimo. Desenhei 2 círculos como estes:

O o

Aí apontei pro círculo maior e disse:

- Este é o seu cérebro em tamanho normal... - e apontando pro menor - E este é o seu cérebro depois das drogas!

- Muito bem! - aplaudiu o juiz, virando-se para o outro sujeito - E você? Como foi sua semana?

- Eu convenci 234 pessoas, meritíssimo!

- 234 pessoas? - exclamou o juiz, pulando da cadeira - Incrível! Como você conseguiu isso?

- Utilizei um método parecido com o do meu colega. Desenhei 2 círculos como estes:

o O

- Mas eu apontei para o círculo menor e disse:

- Este é seu cu antes da prisão...

Olha que exemplo legal!!!



João e Mané

João era um importante empresário. Morava em um apartamento de cobertura, na zona nobre da cidade. Naquele dia, João deu um longo beijo em sua amada e fez em silêncio a sua oração matinal de agradecimento a Deus por sua vida, seu trabalho e suas realizações. Após tomar café com a esposa e os filhos, João levou-os ao colégio e se dirigiu a uma de suas empresas.
Chegando lá, cumprimentou com um sorriso os funcionários, inclusive Dona Teresa, a faxineira. Tinha ele inúmeros contratos para assinar, decisões para tomar, reuniões com vários departamentos da empresa,contatos com fornecedores e clientes, mas a primeira coisa que disse para sua secretária foi:

"Calma, faça uma coisa de cada vez, sem stress" (EU QUERO ESTE CHEFE!!!!!).

Ao chegar a hora do almoço, ele foi para casa curtir a família. A tarde tomou conhecimento que o faturamento do mês superou os objetivos e mandou anunciar que todos os funcionários teriam gratificações salariais no mês seguinte.

Apesar da sua calma, ou talvez, por causa dela, conseguiu resolver tudo que estava agendado para aquele dia.

Como já era sexta-feira, João foi ao supermercado, voltou para casa, saiu com a família para jantar e depois foi dar uma palestra para estudantes, sobre motivação para vencer na vida.

Enquanto isso, no bairro mais pobre de outra capital, vive Manoel, ou Mané, como era mais conhecido. Como fazia em todas as sextas-feiras, Mané foi para o bar jogar sinuca e beber com amigos. Já chegou lá nervoso, pois estava desempregado. Um amigo seu tinha lhe oferecido uma vaga em sua oficina como auxiliar de mecânico, mas ele recusou, alegando não gostar do tipo de trabalho.
Mané não tinha filhos e estava também sem uma companheira, pois sua terceira mulher partiu dias antes dizendo que estava cansada de ser espancada e de viver com um inútil.

Ele estava morando de favor, num quarto imundo no porão de uma casa. Naquele dia, Mané bebeu mais algumas, jogou, bebeu, jogou e bebeu até o dono do bar pedir para ele ir embora. Ele pediu para pendurar a sua conta, mas seu crédito havia acabado, então armou uma tremenda confusão...e o dono do bar o colocou pra fora.

Sentado na calçada, Mané chorava pensando no que havia se tornado sua vida, quando seu único amigo, o mecânico, apareceu e, após levá-lo para casa e curando um pouco o porre, perguntou a Mané:

-"Diga-me por favor, o que fez com que você chegasse até o fundo do poço desta maneira?"

Mané então desabafou:

-"A minha família...
Meu pai foi um péssimo exemplo. Ele bebia, batia em minha mãe, não parava em emprego nenhum. Tínhamos uma 'vida miserável. Quando minha mãe morreu doente, por falta de condições, eu saí de casa, revoltado com a vida e com o mundo. Tinha um irmão gêmeo, que também saiu de casa no mesmo dia, mas foi para um rumo diferente, nunca mais o vi. Deve estar vivendo desta mesma forma".

Enquanto isso, na outra capital, João terminava sua palestra para estudante s. Já estava se despedindo quando um aluno ergueu o braço e lhe fez a seguinte pergunta:

-"Diga-me por favor, o que fez com que o senhor chegasse até onde está hoje, um grande empresário e um grande ser humano?"

João emocionado, respondeu:

-"A minha família. Meu pai foi um péssimo exemplo. Ele bebia, batia em minha mãe, não parava em emprego nenhum, tínhamos uma vida miserável. Quando minha mãe morreu, por falta de condições, eu saí de casa, decidido que não seria aquela vida que queria para mim e minha futura família. Tinha um irmão gêmeo, que também saiu de casa no mesmo dia, mas foi para um rumo diferente, nunca mais o vi. Deve estar vivendo desta mesma forma".

Moral da história:

O que aconteceu com você até agora, não é o que vai definir o seu futuro, e sim a maneira como você vai reagir a tudo que aconteceu. Sua vida pode ser diferente, não se lamente pelo passado, construa você mesmo o seu futuro, mas sempre segurando na mão de DEUS. Encare tudo como uma lição de vida, aprenda com seus erros e até mesmo com o erro dos outros.
O que aconteceu é o menos importante. O que realmente importa é o que você vai fazer com o que acontecer.

"Procure ser uma pessoa de valor, em vez de procurar ser uma pessoa de sucesso. O sucesso é conseqüência."
(Albert Einstein)

Nunca fique devendo a um ADVOGADO!!!



Amit era um alto funcionário da corte do Rei Akbar.

Há muito tempo, nutria um desejo incontrolável de chupar os voluptuosos seios da rainha até se fartar.

Todas as vezes que tentou, porém, deu-se mal.

Um dia, ele revelou seu desejo a Birbal, principal conselheiro e Advogado do Rei, e pediu que ele fizesse algo para ajudá-lo.

Birbal, depois de muito pensar, concordou, sob a condição de Amit lhe pagar mil moedas de ouro, que aceitou o acordo.

No dia seguinte, Birbal preparou um líquido que causava comichões e derramou no sutiã da rainha, que o deixara fora enquanto tomava banho.

Logo a coceira começou e aumentou de intensidade, deixando o rei preocupado.

Médicos de todo o reiro foram chamados, mas nada resolveu. Birbal então disse ao Rei que apenas uma saliva especial, se aplicada por quatro horas, curaria aquela espécie de coceira.

Birbal também disse que essa saliva só poderia ser encontra da na boca de Amit.

O Rei Akbar ficou muito feliz e então chamou Amit que, pelas quatro horas seguintes, fartou-se em chupar à vontade os suculentos e deliciosos peitões da rainha. Lambendo, mordendo, apertando e passando a mão, ele fez o que sempre desejou. Satisfeito, ele se encontrou com o advogado Birbal queria receber o combinado.

Com seu desejo plenamente realizado e sua libido satisfeita, Amit se recusou a pagar ao advogado e, ainda por cima, o escorraçou e zombou de sua cara, pois sabia que, Birbal nunca poderia contar o fato ao rei. Mas Amit havia subestimado o Advogado Birbal. No dia seguinte, por vingança, Birbal colocou o mesmo líquido na cueca do rei.

Moral da História: Você pode ficar devendo pro mundo inteiro, até pro capeta.

Mas nunca, nunca mesmo, pense em dever para um Advogado.

Mulher não guarda rancor?


Essa prova que as mulheres não guardam rancores.

Após um longo período de doença, a mulher morre e chega aos portões do Céu.
Enquanto aguardava São Pedro, ela espiou pelas grades e viu seus pais, amigos e todos que haviam partido antes dela, sentados a mesa,apreciando um maravilhoso banquete.
Quando São Pedro chegou, ela comentou:
"- Que lugar lindo! Como faço para entrar?"
"- Eu vou falar uma palavra. Se você soletrá-la corretamente na primeira você entra; se errar vai direto para o inferno."
E ela respondeu:
"- Tá, qual e a palavra?"
"- AMOR."
Ela soletrou corretamente e passou pelos portões. Cerca de um ano depois, São Pedro pediu que ela vigiasse os portões naquele dia. Para surpresa dela, o marido apareceu.
"-Oi! Que surpresa! - disse ela. Como você está?"
"- Ah, eu tenho estado muito bem desde que você morreu. Casei-me com aquela bela enfermeira que cuidou de você, ganhei na loteria e fiquei milionário.Vendi a casa onde vivemos e comprei uma mansão. Eu e minha esposa viajamos por todo o mundo. Estávamos de férias, e eu fui esquiar hoje. Cai, o esqui bateu na minha cabeça e cá estou eu."
"- Como faço para entrar, querida?"
"- Eu vou falar uma palavra. Se você soletrá-la corretamente na primeira você entra, senão vai para o inferno."
E ele respondeu:
"- Tá, qual é a palavra?"
"- ARNOLD SCHWARZENEGGER..."

A gaivota doida por Doritos de queijo

Ela desenvolveu o hábito de roubar o salgadinho de uma loja. Ela espera o atendente se distrair, entra na loja e agarra o pacotinho. Lá fora, o pacote é rasgado e ela divide com os outros pássaros. Ela é uma "cliente" assídua. Detalhe: sempre pega o mesmo tipo de salgadinho. Os clientes começaram a pagar pelos pacotinhos roubados por acharem o fato muito engraçado. Prestem atenção na diferença da velocidade quando ela entra na loja e depois quando sai, já com o objeto do roubo. Ah, esses animais...

Quanto tempo a gente perde na vida?

Recebi este texto e achei por bem publica-lo aqui. Não há o que acrescentar, porque ele fala por si mesmo...







Sim, depois de nascer, a gente demora pra falar, demora pra caminhar, etc.

Se somarmos todos os minutos jogados fora, perdemos anos inteiros.
E aí, mais tarde, demora pra entender certas coisas.
E levamos um século para aceitar o fim de uma relação. E outro século para abrir a guarda para um novo amor.
Demora, também, pra dar o braço a torcer.
Viramos adolescentes (aborrecentes) teimosos e dramáticos.

e demoramos para tomar uma decisão.
Quando, já adultos,
demoramos para perdoar um amigo,
demoramos para dizer a alguém o que sentimos,
E só aí a gente descobre que o nosso tempo não pode continuar sendo desperdiçado.
Até que um dia a gente faz aniversário. 37 ou 41 anos. Talvez 50 e tal....
Uma idade qualquer que esteja no meio do trajeto.

Fazendo uma analogia com o futebol, é como se a gente estivesse com o jogo empatado, no segundo tempo, e ainda se desse ao luxo de atrasar a bola pro goleiro. Ou fazer tabelas desnecessárias.
Quanto esbanjamento.
Pois tudo o que a gente quer, depois de uma certa idade, é ir direto ao assunto.
E esquecemos que não falta muito pro jogo acabar...
Sim, é preciso encontrar logo o caminho do gol.
Sem muita frescura,
sem muito desgaste,
sem muito discurso.

E isso a gente só alcança com alguma vivência e maturidade.
Excetuando-se no sexo, onde a rapidez não é louvada, pra todo o resto é melhor atalhar.
Pessoas experientes já não cozinham em fogo brando.
Não esperam sentadas, não ficam dando voltas e voltas.
E não necessitam percorrer todos os estágios.
Não desperdiçam mais nada.
Queimam etapas.
A resposta do emprego ainda não veio? Procure outro enquanto espera.
Uma pessoa é sempre bruta com você?
Não é obrigatório conviver com ela.
O cara está enrolando muito?
Beije-o primeiro e veja se ele, realmente, interessa e transmite algum sentimento.
Paciência para aquilo que vale nossa dedicação.
Paciência só para o que importa de verdade.
Paciência para ver a tarde cair.
Paciência para degustar um cálice de vinho.
Paciência para a música e para os livros.
Paciência para escutar um amigo.

O maior possível!
Pra enrolação, um atalho.

By Martha Medeiros

CONSTRUA A SUA BORBOLETA


É só um ano que está terminando.
Não é a vida.
Portanto, pare de correr, desacelere, desestresse-se. Deixe para amanhã o que você não precisa fazer hoje. Vá com calma no trânsito, coma devagar, seja amável com as pessoas, ligue para alguém que gostaria de ouvir a sua voz, cante uma canção de amizade no telefone. Cante no chuveiro. Demore-se um pouco mais no banho, no vestir-se, no papo com o porteiro do edifício, no cafezinho com os amigos.

É só dezembro.
Não é o fim dos tempos.
São estrelas de Natal essas luzes que brilham nas vitrinas e nas casas. São canções de paz esses sons que inundam as noites do nosso verão. São mensagens de amor esses cartões que decoram as paredes dos escritórios. Observe-as. Ouça-as. Leia-as. E medite sobre o valor da sua visão, da sua audição, da sua sorte em ter sido contemplado com um cérebro e com a capacidade de decifrar os signos da comunicação.
É só mais um dia. Não é o último dia da história da humanidade.
Até o final da semana ainda dá para cometer uma generosidade. Dar um presente para alguém que não está de aniversário. Levar chocolate para casa. Fazer um afago no cachorro do vizinho. Distribuir abraços inesperados. Surpreender. Copiar um poema para um amigo (quem sabe até para um inimigo).
É apenas mais um dia. Não é o dia D, nem a hora H.
Ignore o relógio, encontre um tempinho para brincar com seu filho. Pare para vê-lo jogar. O presente de Natal vai ficar velho, pode até quebrar. A lembrança da sua companhia e de cada gesto de carinho ficará para sempre.
É tempo de parar, não de correr. As férias já esperam na primeira esquina do novo ano. Observe a natureza e perceberá que ela continua operando no ritmo de sempre. As árvores não florescem mais depressa porque é dezembro, nem os pássaros se atropelam porque o ano vai terminar.
Na verdade, dezembro não é fim de nada.
É apenas mais um casulo que o bicho-da-seda do tempo construiu lentamente.
Dele vai sair a borboleta que cada um de nós imaginar.

(Nilson Souza)

(Jornal Zero Hora )

Na história da humanidade, três homens andaram sobre as águas:

- O primeiro foi Jesus Cristo; - O segundo foi Pedro; - E o terceiro foi o Sidicleisson Esse carinha da foto abaixo > > > > > > > > >

10 de dez. de 2007

Senhora é a vovozinha!


Senhora, eu?

Senhora é a vovozinha. A sua vovozinha, porque a minha continua amassando pão e revolvendo a horta! E ainda pisca o olho para o gerente do banco, a danadinha.

Quando foi que começaram a me chamar de senhora?

Será que eu sei?

Será que foi quando aquele rapaz me deixou passar na frente na fila do supermercado?

Será que foi quando eu fui pintar o cabelo, não para ficar "fashion", mas para esconder os brancos?

Será que foi quando passei chispando pela lojinha de jeans e entrei na de roupas clássicas?

Será que foi quando eu comentei com o colega mais novo que ele tinha que sair mais porque, afinal, no meu tempo a gente saía de montão?

Será que foi quando bocejei desesperadamente naquela festa, louca pelo meu pijama velhinho e os meus lençóis de algodão?

Será que eu sei?

Será que foi quando escolhi a estação de águas para passar o feriadão?

Será que foi quando me escandalizei com o beijo daquele casal na rua?

Será que foi quando disse "antigamente" pela primeira vez?

Será que foi quando parei de usar calcinha cavada?

Será que foi quando decidi pelo marrom ao invés do pink?

Quando foi mesmo que começaram a me chamar de senhora?

Será que foi quando perdi a paciência com aquela criança no restaurante?

Será que foi quando parei de passear a esmo?

Será que foi quando me senti satisfeita com apenas um abraço e um “boa noite”? E dei graças a Deus?

Será que foi quando me resignei com aquela injustiça?

Será que foi quando disse sim quando queria dizer não?

Será que eu sei?

Quando? Quando foi que começaram a me chamar de senhora?

E quando foi, meu Deus, que eu comecei a aceitar?


Sara Maria Binatti dos Anjos

Natal triste



Desajustado dentro da atualidade passeei rapidamente pela feirinha do Parque Teófilo Dantas somente para receber a impressão do que ia na alma do povo neste Natal de 1948.

Mais tristeza, mais desconsolo do que alegria. Somente as crianças e os namorados davam expansão aos seus sentimentos que a idade e a situação não podem recalcar.

Os homens a quem as responsabilidades adquiridas com os cabelos. brancos e os encargos encheram de preocupações de ordem moral e econômica percorriam as alamedas do Parque iluminado como desconfiados fugitivos ou pássaros acossados pela tempestade em perspectiva. Não podiam esconder a atribulação e o desalento que lhes iam no interior. Qualquer coisa de misterioso se lhes estampava nas fisionomias abatidas.

O homem da rua e dos campos, que se esgota no trabalho de sol a sol, sem a proteção que a outros é outorgada com o mínimo de prodigalidade oriunda da abastança, passou o Natal com a alma torturada pelo espectro da miséria que lhe vem rondando o lar.

Em qualquer lugar que se penetre, hoje, ouvem-se, num crescendo atordoante, as queixas dos vencidos, em maioria, pela situação calamitosa em que se encontram, sem trabalho remunerado de acordo com as exigências do estômago, tendo, ainda, diante dos olhos espantados, a perspectiva de futuro mais negro e desolador do que o presente.

As injustiças sociais, o abandono criminoso, a falta de eqüidade, a sonegação da terra para o amanho, a prepotência como arma para a implantação de exóticas ideologias liberticidas, a mentira e o egoísmo prostituindo o conceito legítimo da Democracia, levaram o homem atual, a quem negam a solução dos seus problemas capitais, ao descoroçoamento e à miséria.

A vida para o homem pobre, esmagado por insignificante minoria poderosa, tomou-se um martírio comparável àqueles que não poderiam escapar à pena de Tolstoi e Dostoiewsky.

Nas capitais, nos subúrbios, nas cidades do interior, o espetáculo da mendicância é apavorante. Esmolam muitos não por doença mas por falta de trabalho o homem do campo foi enxotado da roça em que mourejava de manhã à noite porque o dono da terra, do vasto latifúndio, suserano absoluto e implacável, precisou alargar a superfície das pastagens ou não conseguiu saciar a besta da volúpia na pureza virginal da fIlha honesta do rendeiro.

Alguns pobres lavradores, com tratos de terra de apreciável uberdade, não contaram com o auxílio necessário no sentido de ará-los e melhorar a sementeira.

Os propósitos do governo, que dispõe das verbas próprias para o fomento necessário, têm as suas preferências que não atingem a coletividade agrária.

Daí, como se vê, à falta de estímulo e proteção - a deserção do camponês para a ilusão de outras terras ou a busca de centros urbanos, muitas vezes com família numerosa, onde mais difícil se lhe torna a situação pelo desencontro profIssional.

Cresce, por isso mesmo, pela superpopulação urbana, inábil, o número de desocupados, de falsos mendigos, de ladrões primários e engrossam as fileiras do meretrício que é a conseqüência da fome de mãos dadas à vaidade estimulada pelos rufIões de olho vivo a serviço de frascários endinheirados.

O Natal de 1948 foi de tristezas e apreensões. O Parque Teófilo Dantas quase deserto. O dinheiro foi escasso para a maioria. Muito lar não viu o costumeiro bolo de Natal.

Os pais humildes, tantos funcionários do Estado, privando-se de um pão à mesa, levaram os filhinhos — estes na inconsciência feliz das necessidades do lar onde mora hoje a melancolia - para um simples giro de carrossel.

Moças pobres, de fábricas e de escritórios, ainda mostravam os últimos feitiços da beleza extenuada, exibindo lindos vestidos comprados a prestações, enquanto o patrão, enriquecendo com o câmbio negro, talvez se banqueteasse, no lar festivo, atraindo mancebos maneirosos com a promessa de dotes opulentos.

E lá fora, na Ásia, na Europa e em qualquer parte da América, talvez se processe neste instante nova conflagração para aniquilar o Mundo.

(Correio de Aracaju - 29/12/48)

Zozimo Lima

Receita Infalível


Dizem que coar café na calcinha segura o homem e garante o marido. Qual o quê! Superstição sem fundamento lógico.

Após anos e homens de testes, cheguei à conclusão que o único homem que uma mulher segura pelo estômago é o filho (se ela tiver tido a “felicidade” de parir um exemplar masculino).

Explico: comida de mãe é sempre melhor, por mais química e comprada pronta que ela seja. Se a vizinha comprar um frango assado no restaurante “TV pra cachorro” melhor e mais chique do bairro, o dito “macho” logo afirma que a mãezinha “faz” melhor, nem que tenha sido comprado no boteco mais “pé sujo” da periferia. Basta que ela coloque as mãos de fada no pacote e pronto: é melhor e não tem papo. E mesmo que a vizinha compre no mesmo lugar, ao paladar do filho expert é diferente: “Ah, deve ser porque minha mãe é freguesa antiga: o “cara” capricha!”; ou então “Minha mãe acrescenta algo, que não sei o que é, que fica melhor!”. Só mãe sabe fritar ovo como o filho gosta, já notaram?

E é por aí mesmo.

Meu primeiro marido (que Deus o tenha em boa cozinha celestial) adorava tudo o que eu cozinhava, me elogiava, mas o “charutinho” que a mãe dele fazia era melhor. Após inúmeras tentativas de fazer igual à santa mãezinha dele, resolvi: “O que tua mãe cozinha, eu não faço.”. Às vezes eu escutava um pedido: “Chú, faz esfiha? Estou com uma vontade!”. Resposta pronta, na ponta da língua: “Pede pra tua mãe, que a dela é melhor.”.

Segundo marido, a história se repete. Todo mundo elogia meu feijão, mas do cara-pálida-metade sempre ouço: “Minha mãe tempera mais o feijão; o dela é mais saboroso; o caldo é mais grossinho.”. Faço seguindo a receita, mas não tem jeito. Na última visita dela, testamos, ambas, o poder de sugestionamento do cidadão. Eu temperei o feijão, como sempre faço, sem mudar nada, e dissemos que ela tinha feito. O babaca logo soltou o chavão:”Vê se aprende com minha mãe, porque isso sim é que é feijão!”. Rimos, as duas, e contamos a “pegadinha”. E ele emendou:”Mãe, cá entre nós, eu ia perguntar escondidinho se a senhora tinha perdido a mão pra temperar feijão, pois eu notei que estava diferente.”.

Não tem jeito. Mãe é mãe: muda o nome, o endereço, mas não pode mudar de cozinha.

Aprendeu? Então corre fritar batatinha congelada pro seu filho. Garanto que a sua é melhor do que a do mesmo pacote que a coitada da noiva dele frita e ele depois reclama da azia: “da mamãe é mais fresquinha!”, ou “o óleo que ela usa é diferente.”, ou ainda “você não acerta a temperatura do fogo!”.

Receita infalível para segurar seu homem pelo estômago: mande-o comer na casa da mãe.

E pronto. Aproveite e vá ao cabeleireiro, compre uma camisola bonita e espere por ele depois da digestão que, com certeza, será maravilhosa. Afinal, foi a mãe que cozinhou!

Thaty Marcondes

Só uma lembrancinha

Orlandeli Tempos difíceis, reclamava Osório. Tempo em que pra arrumar um empreguinho mais ou menos era preciso travar uma batalha homérica, entre currículos, rezas e mandingas. Foram mil e quinhentos candidatos pra disputar apenas uma vaga. Mesmo assim, depois de cinco anos e meio fazendo trabalhinhos esporádicos pra ganhar a vida. Osório conseguiu. A vaga era dele. Nem acreditava, parecia coisa de Papai Noel. Salário fixo, férias, benefícios e tudo mais que tinha direito. A felicidade era tanta que nem pensou duas vezes e já entrou num financiamento de um carro. Um Gol, branco, daqueles bolinha. Sempre quis ter um Gol bolinha. Agora sabia que podia arcar com as prestações, sem medo. Entrou na empresa no início de dezembro, ainda estava naquela fase de adaptação, conhecer o pessoal... essas coisas. Logo na segunda semana já anunciaram que o tradicional "amigo oculto" que acontecia todo fim de ano, seria nos próximos dias. Osório nunca gostou muito dessa brincadeira, até porque era um predestinado a sair em desvantagem. Desde moleque sempre dava um presente melhor do que aquele que recebia. Comprava um jogo de tabuleiro e recebia uma lapiseira, dava uma camisa de marca e ganhava um porta retrato. Desenvolveu até um certo trauma pela coisa. Só topou participar por causa da mulher, que disse que pareceria anti-social, um novato não participar da festa da empresa. Mesmo assim decidiu que desta vez não levaria desvantagem. Desta vez seria diferente. — Olhalá, olhalá... lá vem outro. Viu só o tamanho daquilo? — Daquilo o quê, Neide? — Do presente, oras bolas. Olha o tamanho do pacote que o cara fez. Ai, que vergonha, que vergonha... — Vergonha do quê, mulher?? Tá doida? — Osório, homem de Deus. Olhalá, tá todo mundo com cada pacote que mal dá pra carregar no braço. Tem embalagem aí que dá pra comprar uns cinco presentes igual esse seu. O seu presente é o único que dá pra trazer dentro do bolso. Imagine a vergonha que a gente não vai passar...todo mundo dando presentão... e você com essa merrequinha. — Merrequinha... Essa é boa. Foram eles mesmo que falaram "é só uma lembrancinha", então, comprei uma lembrancinha e pronto. — Eu sei, Osório, mas também não pode ser qualquer coisa, né? Por exemplo... ali. Tá vendo aquela moça? — Sei, a Gerente de Vendas. Que que tem? — Pois então, você acha que uma mulher com AQUELE par de brincos, usando AQUELE colar, em cima de um salto DAQUELA altura... vai ficar contando moedinhas pra comprar presente de amigo secreto?? Olha o nível desse povo. — Azar o dela. Pra mim lembrancinha é lembrancinha e pronto. Tivesse fixado um valor, então. Oras bolas. — Céus, quanta ignorância... Mas não fixam justamente por isso. Pra ver a consideração que cada um tem pelo seu amigo. Dando um presente bom, quer dizer que você acha a pessoa especial, agradável... que merece um presente bonitinho. Entende? Do contrário quer dizer que aquela pessoa não significa nada mais do que algumas moedinhas. — Um chaveirinho do Corinthians. — Como? — Meu amigo secreto vale um chaveirinho do Corinthians. — MEU DEUS! Diz que é mentira!!!! Você NÃO COMPROU um chaveirinho ridículo pra dar de presente. HEIM?? FALA A VERDADE!!! — Comprei sim, e daí? Vai que eu vou lá e compro um super presentão e EU é que recebo um chaveiro. Como é que fica???? HEIM??!! Pelo menos se eu ganhar um chaveiro a gente termina empatado. — Ai, Osório. Você me mata de vergonha! — Bah! Quer saber de uma coisa? Eu é que não vou ficar esquentando a cabeça. Eu vou é dar essa droga de chaveiro, mesmo e pronto. Não quero nem saber. Se aceitar beleza, senão foda-se. — E quem é o "sortudo" que vai ganhar esse "presentão"? — Nem sei direito. Não conheço o nome de todo mundo. É um tal de Aníbal Shigav, Shicut... algo desse tipo... — Jesus, e como é que você vai entregar o presente pro seu amigo se nem sequer sabe quem ele é? — Ah, chega lá eu falo "meu amigo é o Aníbal" e pronto. Duvido que tenha dois Aníbals trabalhando no mesmo lugar. A conversa é interrompida pelos gritos de uma mulher que, em cima de uma cadeira, convoca os presentes para começarem a revelação. — GEEEEENTE!!! GEEEENTE!!! VAMOS REVELAR O AMIGO SECREEEETO!! VEM LOOOOOGO, GEEEENTE!! As pessoas foram se reunindo entre brincadeiras e sorrisinhos, alguns arriscavam tentar adivinhar quem o colega tinha tirado, outros ficavam comparando o tamanho dos pacotes. Depois de uns 5 minutos formou-se um grande círculo reunindo todos os participantes. — GEEEENTE. SILÊÊÊÊNCIO, VAMOS COMEÇAR! SILÊÊÊÊÊNCIO! O barulho foi diminuindo aos poucos, até que todos ficaram em silêncio. Novamente a mulher toma o comando. — Olha, pra não ficar aquela bagunça de "quem começa? quem começa?", vamos fazer igual ao ano passado. Afinal, nada mais justo do que deixar o início da brincadeira para o Presidente da Empresa. Não é mesmo? Então, Vamos lá. Senhor ANÍBAL SHINASKI, pode vir pro meio. Todos aplaudiram e gritavam, menos Osório. O nome não deixava dúvidas, Neide foi quem se manifestou primeiro. — Osório, será que esse é o seu... — É, parece que é! — Ai, que vergonha, que vergonha... Um frio correu pela espinha de Osório. Pela primeira vez começou a dar razão à esposa, deveria ter comprado um presente mais bonitinho. Logo em seguida, o senhor Shinaski deu início à revelação. — Bom, como vocês sabem eu não sou de falar muito, então não vou ficar enrolando. Fiquei muito feliz em ter tirado essa pessoa como amigo secreto, principalmente porque ela é nova na casa, então me sinto honrado em ter a oportunidade de dar as boas vindas e desejar um futuro brilhante dentro da nossa empresa. É com muita satisfação que revelo meu amigo secreto, o senhor OSÓRIO DA SILVA. Se antes o frio passou pela espinha, agora ele percorreu o corpo todo. Osório engoliu seco. Por essa ele não esperava. Ter que dar um chaveiro para o homem que tinha acabado de lhe contratar. O Presidente da Empresa. Pela primeira vez na vida torceu pra ganhar um presente chinfrim de amigo secreto. Mesmo sabendo que mais chinfrim que o seu, era praticamente impossível. Levantou bem lentamente, parecia que tinha chumbo nas pernas. Ainda no meio do caminho olhou pra trás e viu Neide, com as duas mãos tapando o rosto. Chegou até o senhor Aníbal, exibiu um sorrisinho amarelo, deu-lhe um abraço e pegou o presente de suas mãos. Todos começaram "ABRE! ABRE! ABRE! ". Osório torceu pra sair alguma brincadeira besta do pacote e no final o presente ser uma cueca, um par de meias ou coisa do tipo. Abriu. Era um belo par de sapatos. Coisa fina, couro legítimo. Provavelmente era importado. Todos soltaram um "Óóóóóóhh" com olhos cheios de admiração e inveja. Osório deu uma olhadinha para o lugar aonde Neide estava sentada, mas não tinha mais ninguém lá. Agradeceu ao senhor Aníbal fazendo um gesto com a cabeça, ainda exibindo o sorrisinho amarelo. Agora era a sua vez, teria que dar seqüência à brincadeira. Já sabia o que estava por vir. Um pensamento otimista lhe veio à mente. Tudo poderia parecer muito engraçado, uma grande piada, e terminar com todos rindo do presentinho ridículo que Osório tinha comprado. Mas logo a realidade vinha à tona. Puxa vida, o cara tinha dado um sapato caríssimo e iria receber um chaveirinho em troca. Quem vai rir de uma coisa dessas??? — Errrrr....meu amigo sec...creto.... errr... gosto muito e... cof cof...ele é...errr ...o senhor ANÍBAL. Novamente todos aplaudiram, alguns gritavam "É MARMELADA! É MARMELADA!" não acreditando em tamanha coincidência. O senhor Aníbal chegou perto, deu um abraço em Osório e recebeu de suas mãos uma caixinha embrulhada num papel barato. Novamente todo mundo começou "ABRE!ABRE". Na cabeça de Osório o coro "NÃO ABRE! NÃO ABRE!". Chegou até a pensar em algum milagre, vai que o homem abre a caixinha e encontra um relógio de ouro no lugar do chaveirinho. Fechou os olhos e fez um pensamento positivo. O senhor Aníbal finalmente abriu a caixinha mas, ao que parece, o pensamento de Osório não foi tão positivo assim. O silêncio tomou conta do lugar, ninguém acreditava no que estavam vendo. A única coisa que se conseguia ouvir era um som baixinho de choro, lá no fundo do salão. Era Neide, que acompanhava tudo de longe. Se existia algum tipo de respeito do senhor Aníbal para com Osório, tinha terminado ali. Dava pra ver nos olhos do homem, que segurava seu presente entre o polegar e o indicador. Uma mistura de decepção e raiva. Então era isso que ele significava para o Osório? Um chaveirinho do corinthians?! Ainda mais ele, que era palmeirense roxo. O valor já nem era tão importante. A coisa ficou parecendo um grande deboche, uma desafronta. E pensar que Osório ainda estava cumprindo período de experiência dentro da empresa. Mil e quinhentas pessoas prontas pra tomar o seu lugar, só esperando um pequeno vacilo. E não havia dúvidas que aquela situação ERA um vacilo. Precisava pensar em algo, rápido. Seu futuro estava em jogo. Senhor Aníbal dirigiu o olhar para Osório. O olhar dele não mentia, era como se tivesse escrito na testa, em letras garrafais "O que significa esse maldito chaveiro?" Ficou um tempo encarando Osório, esperando uma explicação. Osório sabia que em questão de segundos, caso não se manifestasse, o homem tomaria a iniciativa e começaria a falar. Se isso acontecesse, seria o fim. Foi quando colocou a mão no bolso, estava ali, sua salvação, bem firme entre os seus dedos. — TCHÃRÃÃÃÃMM!!!!!! Pronto, caso encerrado. Muita gente ficou confusa, mas ninguém poderia condená-lo. Depois de tanto tempo ainda se pergunta se fez a coisa certa. No fundo acredita que sim, afinal, já são cinco anos dentro da mesma empresa. No meio de conversas miúdas ficou sabendo que logo na primeira semana após a festa, o senhor Aníbal se desfez do chaveirinho do corinthians. Já o Gol bolinha, não. O Gol bolinha é seu companheiro inseparável nas visitas que faz à chácara nos finais de semana

Diálogo atual




Fátima Soares Rodrigues


Família classe alta. Início da noite de sexta-feira.

Hora do jantar. Mesa arrumada. Todos reunidos: pai, mãe, filho de 18 e filha de 15. O pai assenta-se na cabeceira da mesa e vê o filho com o visual diferente.

No nariz, destaca-se o "piercing" prateado, na boca, o parafuso no lábio, e na orelha, seis furos: três em cada uma, exibindo um verdadeiro "sistema planetário". O pai olha de soslaio e, em silêncio, se serve do jantar.

Ao final da sobremesa, levanta-se, dirige o olhar a todos da mesa e avisa: "Segunda-feira quero todos reunidos para o almoço." Deseja à família uma boa noite e se recolhe em seu quarto.

O final de semana transcorre normalmente. Os filhos saem à noite para os compromissos com os colegas, pai e mãe vão ao cinema; no domingo, à casa de parentes que, assustados com o visual do rapaz, questionam os pais da permissão. A mãe, entre sorrisos sem graça, deixa que o pai se manifeste: "Não liguem, não. Coisas
da juventude", e à noite todos se encontram para o sono dos justos.

Manhã de segunda-feira, o pai sai para o trabalho, a mãe molha as plantas do jardim-de-inverno, enquanto a filha se dirige a ela para o beijo de tchau, em
direção à escola. O filho permanece dormindo, pois a Faculdade começa às 13h.

Hora do almoço. Mesa arrumada. Família reunida: pai, mãe, filho de 18 e filha de 15. O filho assenta-se no lugar de costume e vê o pai com o visual diferente. Na orelha direita, pende a enorme argola de prata, fazendo par com os curtos cabelos de prata do pai, contrastando com o terno azul de linho e a idade nada jovial do velho senhor.

Abobalhado, mas silencioso, permanece o filho e se serve do almoço.

Ao final da sobremesa, levanta-se o pai e dirige o olhar ao filho: "Vou te levar à faculdade hoje".O filho, quase que desesperado, suplica: "Não, pai. Não precisa. De jeito nenhum que vou lhe dar esse trabalho. Deixar que desvie do seu caminho, nem
pensar...”

— Faço questão! — Enfatiza o pai.

O filho ainda tentar fazer o pai mudar de idéia, quando é interrompido pelo pai:

— Te espero no carro.

Mais que depressa, o filho corre para o banheiro e arranca de qualquer jeito os apetrechos das orelhas, na tentativa desesperada de que o pai faça o mesmo:
arranque o brinco.

Pega a mochila e chega esperançoso ao carro, chamando a atenção do pai para a ausência dos seis "brincos".

O pai se mantém calmo e impassível liga o carro para retirá-lo da garagem.

Durante o trajeto o filho evita encarar qualquer pessoa da rua, temendo encontrar algum conhecido.

Antes da entrada no Campus, o jovem diz: "Falô, pai. Pode parar por aqui. Já tá ótimo. Quebrou um galhão!"

E ensaia deixar o carro.

Calmamente, o pai continua dirigindo.

— Vou parar no estacionamento. Faço questão de deixá-lo dentro da sala.

— Quê isso, pai! Não precisa mesmo. Você vai se atrasar mais ainda “.

— Não tem problema, estou com tempo hoje.

Descem os dois, e antes que o filho tome a frente, o pai segura-lhe o braço:

— Espera aí, me conta como está indo nos estudos...— E caminha ao seu lado.

O filho se recusa a olhar para os lados, mas não consegue evitar os olhares perplexos dos estudantes ao se depararem com a imagem grotesca do seu pai que, indiferente, continua o trajeto.

Já no corredor, o jovem despede-se afoito e entra como um raio no banheiro.

Calmamente, o pai retoma o caminho de volta.

Na manhã seguinte para o café, a família reunida: pai despido da bijuteria, mãe, filho de 18 de cara limpa como veio ao mundo, e filha de 15, dão início a um novo dia.

O recado havia sido dado!

Carta ao Papai Noel




Bernardo Rodrigues


Querido Papai Noel,

Desculpa eu escrever tão devagar é que eu tenho nove anos mas ainda não sei escrever dereito nem meu nome que é muito complicado. Você sabe como é que é aqui agente não temos escola pra todo mundo e fica todo mundo quinem eu. Eu sei que o senhor tem muita carta pra ler e que todo mundo escreve carta pro senhor aí eu resolvi escrever de uma vez pro senhor não ter desculpa depois que tá muito ocupado quinem meu pai todo ano fala. Mais eu queria era fazer essa carta pra falar com o senhor o que eu quero ganhar de Natal.

Se não for muinto defício pro senhor eu queria quatro presentes deferentes. O primeiro é um papagaio. Uma vez falei com meu pai que queria um papagaio e ele me deu um, só que o que ele me deu era de papel igual pipa. Eu quero é um daquele verde que paresse uma maritaca e fala um monte de coisa. O Esquerdinha amigo meu ele faz muinta coisa errada mais é do bem e é bom de bola. Aí ele falou que eu não poço ganhar papagaio porque eu sou gago esqueci de falar isso com o senhor mas ele falou que eu sou gago e que gago não pode ter papagaio sinão o papagaio gageja também. Eu acho bobice do Esquerdinha porque o papagaio custa caro e deve ter estudado em escola particular e menino de escola particular não gageja. E si ele vier com defeito aí eu peço pra trocar. Mais como o senhor é que vai trazer eu confio no senhor. O senhor já ta velhinho mas é de confiança deferente dos político daqui. Intão eu queria ganhar um papagaio e uma chutera nova. Agora a chutera eu queria o pé direito número 34 e o esquerdo numero 30 porque eu quero devidir com o Isquerdinha meu amigo porque ele não tem chutera e ainda joga bem pra caramba. Ele chuta de perna isquerda aí pode ser asim. Um papagaio uma chutera e uma camionete. Eu quiria dar uma caminonete pra minha mãe pra ela poder carrega as roupa que ela lava sem ficar com dor nas costa. Mina mãe tem poblema sério de coluna aí eu queria mesmo é que ela sarace mas eu sei que o sinhor não é médico nem pai de santo e que o problema da minha mãe é sério. Mas a caminhonete eu acho que ajuda ela um pouco. O outro presente eu queria sarar da minha gagera. Eu vi na televisão que tem um médico que sara gago. Eu queria ganhar um médico desse de presente. Não cei se o senhor dá médico de presenti mas acho que pode ser um presente ispessial. Nem precisa imbrulhar porque senão o médico morre asfiquiciado quinem o policial falou do meu irmão quando mataram ele. Eu quero sarar da gagera pra todo mundo parar de rir de mim e o papagaio não ficar gago mas eu acho que não tem nada a ver é coisa do Esquerdinha que ta com inveja eu acho. E também eu poço falar bonito pra minha professora gostar de mim. Ela é nova e é bonita pra caramba e eu queria cazar com ela pra ela poder me ensenar escrever dereito e mas depressa.

Obrigado pela atensão espero que o senhor esteje bem sua mãe es seus parentes. Manda um abraço pros viadinho que carrega sua carroça. Um ispecial praquele que ta gripado. Ele já sarou?

Um abraço.

Maicodiéquisso dos Santos da Silva

9 de dez. de 2007

Questão da prova final de Geografia (2006) do Colégio Objetivo-SP, Terceiro Ano:
- "Faça uma análise sobre a importância do Vale do Paraíba"
Resposta de um aluno:
"O Vale do Paraíba é de suma importância, pois, não podemos discriminar esses importantes cidadãos. Já que existem o Vale-Transporte e o Vale do Idoso, por que não existir também o Vale do Paraíba? Além disso, sabemos que os Paraíbas, de um modo geral, trabalham em obras ou portarias de edifícios e ganham pouco. Então, o dinheiro que entra no meio do mês (que é o Vale), é muito importante para ele equilibrar sua economia familiar."

7 de dez. de 2007

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