5 de jun. de 2009
Olha esse relato de autora desconhecida...
Aquele que era "Nem que a vaca tussa, espirre e arrote eu
pego", vira: "Hum, quem sabe bêbada eu pego".
O tempo passa, a escassez continua e rapidamente ele é
promovido a "E não é que dá pra pegar?"
A carência só aumenta. Vibradores não te satisfazem mais.
Você está a beira de comprar ingresso pro show do Wando.
Pega sua agenda, faz as contas e: "Caralho, puta que
pariu, amanhã faz 6 meses que eu não dô!".
E de "Pegável", instantaneamente o cara ganha um
Upgrade: passa para "Dável".
Sim meus amigos, está é a situação que eu me encontrava
no final do ano passado. Com a diferença de que eu
abomino Wando e também vibrador só me deixa com mais
vontade. Tenho mó medo dessa porra dar choque, imagina,
morrer eletrocutada com a 'tchuna' queimada. Whatever.
Nessa fase de tesão encubado, apenas um "peguetezinho"
circulava pela minha vida, o Bernardo. Ele era um tanto
quanto sério, falava pouco, ria pouco. Se houvesse um
percentual de tesão, acho que o meu por ele seria 0,01%.
Mas depois de 6 meses, cara, até o Tiririca despertaria
um ligeiro fogo em mim.
Meus pais foram comemorar mil anos de casados em
Fernando de Noronha. Deviam tá fudendo até não
poder mais. Meu irmão, aquele puto, foi prum congresso
em Floripa, me ligou radiante dizendo que já tinha
comido 7. Até meu cachorro tava dando umas carcadas
na cadelinha da velhota do 6ºandar.
Minha família inteira fazendo sexo e eu a ver navios?
Fala sério!!!! Apelei pro Bernardo.
- Bê...tô sozinha aqui a semana toda. Num quer
vir aqui tomar um vinho, ver um filme?
Acho que ele também devia estar no desespero. Em 15
minutos o cara tava lá em casa. E olha que há uma
distância considerável entre nossos bairros.
Mal o cara pisou aqui em casa meu cachorro grudou
na perna dele e começou aquele movimento de
meteção, sabe qual é?
- Porra, tá virando viado?
- Sai daí, Marley! Deixa o Bernardo em paz!
A primeira coisa sexual da noite já tinha acontecido, e
não foi comigo. Seria isso um sinal? Enfim, liguei o
foda-me, e a parada começou. Beijinhos, mãos ainda
tímidas, um ritmo normal até.
Ao me ver sem roupa, ele solta um:
- Aaaaaah nossa, que tesão.
Tranqüilo né. Auto-estima até sobe um pouquinho.
Imagina se ele me vê sem roupa e diz "Se cobre", ou
então "Desliga o abajur"? Só que a partir daí, o cara
simplesmente NÃO PARAVA de falar! Qualquer movimento,
ou qualquer parte do meu corpo que ele visse era
motivo pra gemer e falar.
- Aaaaah que boquinha. Nossa que peitos! Aaaaaaah que
bucetinha!
Depois do "Aaaaaaah que bucetinha", eu senti uma
tendência brega no ar.
Além do que, a gemeção dele tava um pouco exagerada.
Ainda não estávamos fazendo sacanagem há tanto
tempo assim pra ele ficar emitindo esses grunidos
de forma tão intensa.
- Esfrega essa bundinha em mim, vai, esfrega!
- Ahn?????????
- Só um poquinho, esfrega, vai! (E fazia cara de
tesão, fazendo biquinho e fechando os olhinhos)
Caralho, como assim, maluco?! Esfregar a bundinha?
Tá achando que minha bunda é Assolan pra ficar
esfregando aí?!?
-Não, não quero.
Depois dessa, o pouco tesão que eu sentia por ele
quase se extinguiu. E ele não calava a porra da
boca! Tudo ele falava, comentava. Me senti na cama
com o Galvão Bueno.
Sexo mudo é foda, mas cara, helloooooo! Há um
intervalo, um espaço mínimo, uma divisão
equilibrada entre, falar, respirar, e fazer.
Onde estava aquele rapaz calado e sério? Agora
tudo que eu via era uma matraca brega querendo
meter em mim.
Comecei a beijá-lo freneticamente pra que não
houvesse a mínima possibilidade dele pronunciar
uma palavra sequer. Eu parecia um desentupidor
de pia, brother. E com certeza ele achou que
eu devia estar excitadíssima né.
Quando comecei a brincar com o objeto da criança,
ele me fala: - E aí gostou da surpresa?
- Como assim surpresa, ele vem dentro do Kinder Ovo?
- Não, gostosa. Lembra que eu te falei qua calçava 45?
PÁRA, PÁRA TUDO AAAAAAAARGHHHHHHHHH!!!!!!!!!!!!!!
Como assim, pára tudo!!!!!!!!
Na moral, onde esse homem aprendeu a trepar? Ele
é filho do Reginaldo Rossi e eu não sabia?
- Vem cá, você quer que eu vire pro lado e durma
AGORA? Ou prefere que eu mande o Marley arrancar
teu pau?
- Calma, tesudinha (tesudinha??????). Foi brincadeira.
- Brincadeira é o caralho. Brincadeira brega.
Muito brega. Cortou totalmente o clima. E tesudinha
é a puta que tu come na Vila Mimosa!
- Broxei totalmente. Virei pro lado, fechei os
olhos, esperando ele se mancar e ir embora. Daí ele
me puxou e começou com o carinho lingual na minha
companheira. Até que isso ele fazia direitinho.
Nada de excepcional, mas dentro dos padrões.
Confesso, isso me reacendeu.
E cara... 6 MESES! Pensei "Tá, já que tô aqui, vamo
acabar logo com essa merda." E o sexo propriamente
dito começou.
Ele urrava, parecia um rinoceronte. Bicho, eu tava
vendo a hora que a polícia ia bater aqui achando
que eu tava matando alguém a facadas, pedradas ou
coisa do gênero. A parada acaba. Tá beleza. Deu uma
aliviada, né. E eu pensando "Agora se veste e vai
embora". Doce ilusão...
- Vem pra cá. Me abraça. Me dá um beijo. Faz carinho.
Foi bom pra você?
Tem coca cola? Em quanto tempo você quer dar mais uma?
Bota uma música?
Caralho caralho, caralho mais uma vez, caralho
ao cubo!!!!! Porra, parecia aquelas velhas que sentam
do teu lado no ônibus e contam toda a história da
família, desde a época da colonização, e você só
responde "sim", "aham", "é". Aliás, eu sou ímã de
velhas de ônibus. Uma vez saltei 3 pontos antes só
pra me livrar de uma tal de Dona Jacinta.
Comecei a mandar indiretas sutis: - Caramba, eu tenho
dentista 08:30 da manhã. Já são mais de 4. Putz,
preciso dormir.
E nada dele se tocar! Ficava vendo meus livros,
minhas fotos, me dava um beijo. Eu já tava totalmente
vestida, e ele só de cueca. Bem, vou ter que ser mais
direta.
- Olha só, melhor você ir se vestindo, eu já tenho
que ir dormir.
- Peraí deixa eu brincar um pouquinho com o Marley.
Começou a correr pela minha casa com o cachorro.
Brother, que cena tosca.
Eu tava quase pegando a vassoura e colocando atrás
da porta. Quando eu volto pro quarto, vejo ele
com o meu diário na mão, abrindo, e ia ler! Que
ousadia! (Ok, me chamem de criança, eu tenho
diário sim, tá?)
Botei meu chinelo, apaguei todas as luzes da
casa, fui pra cozinha, e fiquei ao lado da
porta de braços cruzados com a chave na mão.
Porra ele não iaaaaaaaaa, não ia embora, ficou 3
eras glaciais me abraçando. Tava quase empurrando
e fechando a porta na cara dele. Finalmente ele
se foi. Fiquei até mais leve.
Ufa! Que pesadelo!
Me ligou no dia seguinte de manhã, 10 da matina.
Vai tomar no cú, me acorda ainda, viado! Não atendi.
E assim foi por duas semanas. 14 dias de bina.
Tive momentos de seca depois, mas JAMAAAAIS pensei
em fazer isso de novo.
Prefiro passar o resto dos meus dias na companhia
de meus dedos e dos meus vibradores do que apelar
prum troço desses.
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